Todas as mulheres, mesmo que não sintam nada nas mamas, devem ser submetidas à Mamografia a partir dos 40 anos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), anualmente. Assim, podemos detectar microcalcificações, assimetrias e nódulos suspeitos antes de serem percebidos pelas pacientes. Outros exames, como a Ultrassonografia e a Ressonância, podem ser solicitados de acordo com cada caso. Há também a Tomossíntese, que tem mostrado excelentes resultados para diagnóstico, mas seu uso ainda está bastante restrito pelo alto custo.
Fonte: Organização Mundial da Saúde (OMS)
Apenas 10% dos tumores são considerados hereditários e 10-15% possuem história familiar positiva. Setenta e cinco por cento a 80% dos casos de Câncer de mama originam-se em mulheres sem fatores de risco para a doença.
No entanto, a identificação das pacientes de maior risco é útil, pois permite selecionar os casos que se beneficiam de intervenções e ajuda a tranquilizar as de baixo risco.
Antecedentes familiares com mutação genética conhecida, Câncer de mama masculino, Câncer de mama ou ovário em 2 parentes de primeiro grau, Câncer de mama ou ovário em 1 parente de primeiro grau com menos de 50 anos, Câncer de mama bilateral ou Câncer de mama e ovário no mesmo indivíduo são os fatores de risco familiares mais importantes a serem considerados.
Em relação aos antecedentes pessoais mais importantes que influenciam no risco, consideramos a densidade mamária elevada na pós-menopausa, níveis elevados de estrogênio circulante, origem judaica Ashkenazi, biópsia mamária prévia com atipia ou câncer e irradiação torácica antes dos 30 anos.
Caso a pontuação seja alta nos modelos estatísticos, podemos selecionar quais casos precisam de teste genético. As pacientes caracterizadas como tendo alto risco devem ser submetidas a rastreamento com Mamografia e Ressonância magnética a partir de 25-30 anos. É também solicitada uma avaliação com o oncogeneticista e explicadas as medidas de redução do risco, com quimioprevenção ou cirurgia.
Links Complementares:
– Instituto Nacional de Câncer | Detecção precoce do câncer de mama
Obs: Realmente, todos os estudos são com Mamografia a partir dos 50 anos, na maioria dos países, e o SUS adota essa Diretriz (O INCA é pertencente ao SUS). Mas a Sociedade Brasileira de Mastologia recomenda a Mamografia a partir dos 40 anos, devido a estudos recentes que mostram benefício, mas também intervenções como biópsias e cirurgias que podem ser desnecessárias. Eu, como membro da SBMastologia, adoto o que essa recomenda.
– PEBMED | Rastreio do câncer de mama: nova diretriz muda recomendações sobre mamografia
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